Com investimentos alternativos ‘em um clique’, Lynk se prepara para acelerar crescimento no Brasil

Investimentos Alternativos no Brasil

Com investimentos alternativos ‘em um clique’, Lynk se prepara para acelerar crescimento no Brasil

Operadores na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) Foto: Richard Drew/AP – 15/08/2025

Fintech quer ampliar ativos sob administração de US$ 600 milhões para US$ 1 bi

Por Bruna Camargo (Broadcast)

A Lynk Markets, fintech que conecta globalmente gestores de recursos a instituições de gestão patrimonial, está pronta para acelerar sua expansão e as fichas estão no mercado brasileiro, dado o crescente apetite local por exposição internacional dos portfólios. A avaliação é que uma maior penetração no Brasil, que já representa um terço do negócio, deve apoiar a meta de avançar dos atuais US$ 600 milhões de ativos sob administração (AuA, na sigla em inglês) para US$ 1 bilhão até o fim do ano.

Fundada em 2020, a Lynk tem equipes globalmente, especialmente na América Latina, Europa e Estados Unidos, para oferecer uma estrutura que se propõe a simplificar a distribuição de estratégias internacionais. A empresa ajuda um gestor a emitir via securitização um título que representa a estratégia de um fundo, por exemplo, o que facilita o acesso global via sistemas como o Euroclear, que é uma central de custódia e liquidação de títulos. Ao todo, mais de 130 produtos já foram emitidos, com empresas como BTG Pactual, BlackRock e iCapital.

“Vemos, por exemplo, quão rapidamente os ETFs (fundos de índices) cresceram e se popularizaram nos Estados Unidos, e um dos motivos é a facilidade de comprá-los. Queremos trazer essa experiência ‘clique e compre’ para os mercados privados, que são muito ineficientes, dependentes de muitos processos e documentos, com aplicações altas. Percebemos que é possível trazer essa experiência, tornando o mercado privado mais próximo do mercado de capitais”, afirmou Mário Rivero, presidente executivo da Lynk, em entrevista à Coluna durante passagem por São Paulo.

Histórico

Engenheiro de formação, Rivero já atuou em consultoria tecnológica para serviços financeiros, além de trading, venture capital e securitização, e passou por empresas como Morgan Stanley e Kawa Capital. Nos Estados Unidos, ele conheceu Francisco Molnar, que buscava inovações para levar ao mercado financeiro brasileiro e embarcou na ideia de Rivero de integrar network, buy side e sell side em uma plataforma tecnológica, o que eles não viam, e ainda não veem, ninguém fazendo desse modo. Atualmente, Molnar é o country manager da Lynk no Brasil.

“Nos últimos anos, o Brasil, que sempre foi um mercado muito doméstico, começou a se voltar para os investimentos offshore. E isso dá possibilidade dos investidores brasileiros, principalmente os que não têm o bolso tão grande, acessar investimentos que antes não eram acessíveis para eles”, afirma Molnar. Apesar da acessibilidade, a ideia ainda é conectar as gestoras a investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão em patrimônio investido, uma vez que se trata de produtos internacionais e do segmento alternativo.

O country manager da Lynk diz que, por um lado, o investidor tem uma melhor experiência pela simplicidade de acessar produtos – que talvez ele não teria pelos modelos tradicionais – de forma tão “um clique”; por outro lado, as gestoras brasileiras conseguem captar fora, o que é mais difícil atualmente. “Isso porque a regulação tradicional não facilita”, diz, acrescentando que há uma necessidade de ampliar contratos de distribuição (“distribution agreements”) e, dessa forma, fazer com que os gestores locais também possam chegar ao exterior. “Essa é uma grande diferença: o gestor não precisa ficar dependente de um distribuidor internacional para conseguir acessar outros mercados e fazer crescer sua operação”, completa Molnar.

Duas vias

Na avaliação dos executivos da Lynk, o caminho de crescimento do negócio no Brasil pode vir das duas vias: tanto investidores brasileiros em busca de gestores globais quanto gestoras brasileiras em busca de investidores internacionais. Mas o foco tem recaído mais sobre a primeira opção, uma vez que se observa um importante espaço para avançar. Afinal, outros mercados como Argentina e Uruguai, por exemplo, já são mais voltados ao offshore.

“O Brasil é a região onde crescemos mais rápido, ‘de longe’. É um terço do negócio”, diz Rivero. E, segundo Molnar, a Lynk está iniciando uma abordagem a assessorias de investimentos, o que também deve ser um “acelerador importante” nos próximos mese

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  • Este artigo foi originalmente publicado no Broadcast+ em 18/08/2025 às 17h44. Todo o conteúdo, incluindo opiniões e informações, é de autoria de seus respectivos criadores e não reflete necessariamente a visão deste blog.